Esculpido em calcário, com 3.400 anos de idade, aproximadamente, o busto de Nefertiti, ou a Grande Esposa Real do Faraó Aquenáton, uma celebridade no mundo antigo, é um exemplo típico da beleza feminina. Foi moldado em 1345 a.C., pelo escultor Tutmés, afirmam alguns estudiosos e pesquisadores da história da arte. Chefiada por Ludwing Borchardt, uma equipe de arqueólogos alemães descobriu a escultura em 1912, na cidade de Amarna, Egito e, a partir daí, ela foi levada para diversos lugares da Alemanha. Atualmente está em exposição no Neues Museum, em Berlim. Desde 1920, o Egito luta pela devolução do busto, mas até o momento não obteve sucesso. Nefertiti, que significa A Bela Chegou, dominada pelo amor de Aquenáton, sempre olhou a vida com compaixão e doçura. Foi adorada por toda uma civilização que acreditava na bondade como uma condução ao mundo espiritual, a uma nova vida e a um novo corpo. Suas atitudes eram apreciadas principalmente pelas mulheres, que seguiam os seus exemplos na busca dos sentimentos verdadeiros e da paixão sem limites. Hoje a rainha mora numa caixa de vidro, em solo germânico, e é apreciada por milhares de pessoas. Segundo alguns visitantes, quando olham fixamente para o rosto da "deusa" , sentem o cheiro das flores de lótus do Vale do Nilo e uma doce sensação de alegria no coração. São os olhos de Nefertiti que, mesmo foscos, apreciam os costumes do mundo contemporâneo, irradiando confiança e vontade de viver.
Gurgel de Oliveira
Gurgel de Oliveira