Não importa se estão olhando de longe. A corrida vai começar e os cães da guarda serão os vencedores. Os planos que fizemos não tiveram êxito e as florestas estão cheias de cores. frutos ressecam pelo caminho e cidades comemoram os sobreviventes . Os copos de vinagre adornam os bancos da praça. Esquilos correm e suportam castanhas nos ombros. Chegou a hora dos momentos felizes. Estrelas parecem mais próximas e a noite se veste de festas. Fatalidades não tragam crenças. Velas e terços não habitam mais os conventos . Acalmemos os choros das meninas cegas. As suas retinas velejam e a febre nos joelhos incomoda. É essencial que saiamos agora. As horas estão passando e os relógios querem ir embora. A dor do amor é de uma crueldade que assusta. Não amemos mais. Cultivar imagens e amarrar os dedos do mundo com fitas e farpas é a solução. O texto está acabando e a sensação de vazio não passa. Quero oferecer lírios e sabores aos estranhos. Eles são merecedores de aromas. Corramos enquanto é tempo. As fraturas não são tão rápidas e a garganta do mundo tem mucosas e sono.
Gurgel de Oliveira
Foto: Site Populista 2013