domingo, 26 de abril de 2015

É SÒ ISSO.

Jamaicas bordadas nos tecidos caribenhos. Retratos de deuses no limiar dos acordes. Américas recontadas com pigmentos e afetos. Saudades recortadas e coladas nos tapumes do tempo. Ruas sem nome a procura de casas e esquinas. A arte do Dragão sugere poesia e fragmentos de olhares. Atenção e mergulhos nas aquarelas da alma. Galerias inabitadas nos túneis em branco e preto. A revelação do artista é imediata. Ultrapassa os limites do racional e mergulha no universo desprovido de limitações e lugares comuns. Um passeio pelo inimaginável e desconhecido. Como uma ânfora de vinho, de dois mil anos, encontrada no mar de Alexandria. Feliz de quem o degustou. A arte ultrapassa sabores. Vasculha dores e sugere amores.

Gurgel de Oliveira

acrílico sobre tela ou pastel sobre papel? Não importa. O fogo do Dragão responde através da imagem.
Pintura de André Dragão.

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