Na busca pelo sagrado, o povo INCA adorava cristais e evocava os APUS, espíritos das grandes montanhas, conselheiros e curandeiros durante os rituais andinos. Elizabeth, orientada pelos pássaros gigantes com cabeças humanas, os APUS, mudou-se da América do Norte para a cidade de Cuzco, no Peru, em busca de paz interior e respostas para as perguntas que a incomodavam desde criança. Numa noite escura, durante um ritual de cura e meditação , Elizabeth recebeu de presente um quartzo branco, brilhante, puro como as águas da cachoeira que umedecem a base da grande cordilheira. Esta estória acaba aqui; não se tem notícias de Elizabeth já faz bastante tempo. Suas roupas foram queimadas na maior praça da cidade e flores foram espalhadas na frente da casa onde morou com um amigo venezuelano. A vida não nos oferece respostas para muitas coisas. As montanhas continuam imponentes e indecifráveis. Centenas de pessoas, no mundo inteiro, continuam estudando os costumes dos INCAS. As cidades peruanas, com seus muros centenários, recebem milhões de turistas todos os anos . Alguns querem somente o artesanato colorido produzido com os fios da lhama. Outros querem notícias de Elizabeth, a americana que sumiu e enterrou seu coração em algum lugar de MACHU PICCHU, a ruína perdida no vale do rio Urubamba, ao pé da grande montanha.
Gurgel de Oliveira
Gurgel de Oliveira
Acho que você deveria publicar seus textos em livro. Espero ser convidado para a noite de autógrafos. Parabéns e continua a nos brincar com sua literatura enriquecedora.
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