A cidade, sonolenta, foi tragada pelas feiticeiras.
Os prédios foram vestidos com roupas pretas e silêncio.
E as praças, esvaziadas e escuras, esconderam suas estátuas em caixas repletas de dúvidas.
Nada mais se ouviu. Os cinemas fecharam em clima de oração.
Os mendigos, de rostos podres e linguas embriagadas, fizeram dos muros grafitados esconderijos de medo.
Tudo virou feitiço na cidade fantasma.
O teatro, de fachada imponente e desenhos seculares, mastigou os seus atores e cuspiu sementes na platéia...
Gurgel de oliveira
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