terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

O Menino Azul

Um cheiro adocicado de ervas desliza pelas cortinas da noite e embala, com uma suave alegria, as paredes brancas do velho quarto de dormir...
Imagens de anjos saltam dos olhos da mulher antiga e bailam no assoalho dos corredores frios e urgentes...
O relógio de madeira estrangeira, anfitrião da sesta, anuncia com elegância européia um longo período de horas intranquilas...
E o menino azul, de passado turquesa e olhos da cor dos mares, borda cavalos negros no tapete que descansa num canto significativo da sala de jantar...

Gurgel de Oliveira

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