No Vale do Rio Omo, ao sul da Etiópia, um dos maiores sitios arqueológicos do mundo chama a atenção de paleontólogos, historiadores e, principalmente, artístas plásticos interessados na estética das máscaras usadas pelas tribos que viveram durante muitos anos ao pé do vulcão, desafiando o fogo, o frio e os temporais que vinham do fundo da TERRA. A pintura facial ocupava lugar de destaque nos rituais de vida e de morte e as pedras semipreciosas cravejavam rostos imortais e corpos tomados pelos espíritos, poeira e misticismo. Hoje os povos remanescentes tentam preservar os costumes dos seus antepassados colorindo a pele das mãos com pigmentos naturais e muita criatividade; uma homenagem ao lugar para onde vão os desencarnados e outras entidades desconhecidas que cultivam árvores e frutas nos mundos invisíveis. A artista plástica Teodora Ramirez Franco transforma metal em máscaras inspiradas nas tribos etíopes, um trabalho que sugere perfeição e mistério aos apreciadores do artesanato daquele povo. Como forma de atenuar o olhar rústico das peças, a escultora nos presenteia com a leveza do ônix e o brilho translúcido da turmalina. Perceber o mundo por janelas distintas alimenta o desejo e acaricia a nossa intuição.
GURGEL DE OLIVEIRA
GURGEL DE OLIVEIRA
PARABÉNS GURGEL,CADA VEZ MAIS POÉTICO ,CADA VEZ MELHOR !!!
ResponderExcluirLINDETE SOUZA