segunda-feira, 23 de agosto de 2010
DINER'S
Realizamos este trabalho aqui em Salvador com o premiado diretor argentino Carlos Sorin. Fiz a Produção de Arte e tive a oportunidade de trabalhar com o João Roní, grande produtor e realizador. Depois fizemos outros trabalhos juntos. O contato do João é oceanfilms@oceanfilms.com.br
Gurgel de Oliveira
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
SOBRE PUTAS E ESTÔMAGOS
Na hora sagrada do PADÊ, os atabaques intimidam a embriaguez do sol e saúdam a chegada e a imponência de EXÚ. Na BAHIA erotizada pelos aromas e sabores cítricos, o sexo das putas inundam os paladares nem sempre exigentes de indigentes e estudantes de outras AMÉRICAS. Saveiros e negras que cheiram a barro e lama cruzam os rios com a elegância dos náufragos que habitam ilhas e montanhas submersas pelas cachoeiras onde dormem sereias e ondinas. E os bares gritam os nomes das vagabundas que emprestam as suas peles e coxas para os estrangeiros com ressaca e nojo das roupas que viraram bandeiras e máscaras sem acabamento e estilo. Que tal passearmos pela noite e desvendar os nossos segredos inspirados nos segredos alheios? Vamos tomar um ônibus e pedir ao motorista que nos conduza ao prostíbulo mais próximo? A madrugada é curta e precisamos curtir um CURTA. Quem sabe o cinema nos ofereça respostas para as indagações que rondam os nossos estômagos e matam os nossos desejos de febre e inanição!
GURGEL DE OLIVEIRA
GURGEL DE OLIVEIRA
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Os Vasos de Terracota que Guardavam os Mortos
A antiga civilização da Etrúria, localizada na Itália Central, teve a sua mais importante e expressiva produção artística entre os séculos oito e dois antes de Cristo. Artesãos de extrema habilidade e inspirados pela arte grega, fenícia, egípcia, assíria, e oriental, os etruscos influenciaram profundamente a arte romana do primeiro século antes da era cristã. A estatuária e os vasos funerários confeccionados em terracota, barro e bronze e a joalheria em ouro, prata e marfim são o testemunho da habilidade e talento do povo Etrusco para a construção e lapidação de uma estética que marcou época e encantou deuses, raínhas e guerreiros tocados pela vaidade. O costume de guardar as cinzas dos entes queridos em vasos funerários, ricamente decorados com esculturas que reproduziam traços da fisionomia do morto impressionam o menino Mateo, que ouve com atenção as estórias contadas pela sua avó materna, dona Francesca, professora de Educação Artística e investigadora das ruínas de Arezzo, cidade-estado da Etrúria, que sobreviveram e são testemunhas de um tempo que não retorna. Os dois caminham e rompem o silêncio vespertino com perguntas que possivelmente ainda estão com as suas respostas embaixo dos sítios arqueológicos. Dona Francesca , na tentativa de satisfazer a curiosidade do menino, diz que o esforço dos estudiosos para juntar fragmentos que façam algum sentido é muito grande. Pesquisadores e cientistas da arte e civilizações antigas investigam diariamente tentando preencher lacunas de incertezas a respeito dos hábitos e cotidiano de um povo que guardava em vasos o poder da ancestralidade.
Gurgel de Oliveira
Gurgel de Oliveira
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
UM DIA PELO MUNDO
Gurgel de Oliveira
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
OS SUPORTES DE FRIDA
A jovem Magdalena Carmen teve o ventre dilacerado pelos ferros do bonde e foi condenada ao sofrimento. Em terras maias e astecas , onde os sacrifícios rotineiros incluíam curativos e medicamentos para suportar o dia, o corpo da pintora era sufocado pelos suportes de madeira e gesso e sua alma acalmada por unguentos e carícias de anjos ainda não pintados. Os anos passsaram e as dores não. As roupas com cores e adereços ajudavam a fabricar sorrisos no rosto atropelado pelo desejo de calma e calmantes. As telas foram pintadas e presas nos quadrados de madeira e verniz. A cama, fabricada no final do século dezenove, foi adornada com fotos de amigos e urina das madrugadas urgentes. O descontrole do corpo controlava mãos e pulsos e ajudava o cérebro a desenhar realidades perfuradas com parafusos e alfinetes. O México fervia. Intrigas políticas faziam pulsar os dias de sol, comidas e condimentos .Magdalena sentia dores e pintava com a cartela de cores que habita a nossa alma. Os esboços da agonia ganharam o mundo. André Breton os qualificava como surrealistas e Frida dizia que não pintava sonhos, pintava a dor física que machucava o espírito e tornava a vida uma cama fria. O mundo pulsava. Paris era pertinho e Nova Yorque também. Diego a amou profundamente. Aos quarenta e sete anos a pintora partiu levando pincéis e coletes. Sem dores, ela nos acena, nos atira um beijo carmim e diz que a vida é o seu autorretrato.
Gurgel de Oliveira
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderon, mais conhecida como Frida Kah. Foto Museu de Coyoacá - México.
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Gurgel de Oliveira
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderon, mais conhecida como Frida Kah. Foto Museu de Coyoacá - México.
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