Quem bate nas portas e janelas da casa da ponte é o vento. Quem desenha os momentos,
nos quais vivem as nossas lembranças, é o tempo. Vento e tempo caminham juntos
na saudade e nos parques que enfeitam as cidades e mermórias. Malas fechadas e
avisos de partidas para breves ou longas viagens são tarefa do tempo. As
ruas do centro ainda tem o gosto e o cheiro da revolução. Dentro
dos carros roupas de cores fortes, merengue e mojito. Poemas de Arthur Ribaude
estão presos nas paredes das casas como um culto à rebeldia. Festas e rumbeiras
iluminam os cabarés e fazem da noite o paraíso das estrelas. O brilho no céu é
uma resposta ao tempo...que nos envelhece e nos torna menos fortes. É hora de
festejar os ventos e vestir os nossos corpos com as fantasias de verão. A primavera
já vai chegar e trazer perfumes e néctar. As abelhas também vão fazer a festa
.Os pássaros desvendam as matas e o céu é azul. Vamos responder ao tempo com
sorrisos e muita água. A transparência nos faz mais belos. Viva o azul!
Satélites e cometas podem nos acolher para que bebamos juntos e brindemos à
vida.
Gurgel de Oliveira
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