Ausências que habitam desertos. Lagartos deixam rastros na areia. Saudades desenham mantos no rosto do dia e correm espetando angústias por lugares não tão conhecidos do mundo. O ermo é o aconchego das mãos que tremem diante da caneta portadora da febre . Rasgar a folha não escrita é desistir do sofrimento da criação. A emoção se recolhe e permite que a razão se desfaça. As horas não ajudam. Não passam e se prendem a relógios... moradores das algibeiras que não acordam mais. Saber morrer é acomodar o corpo no aconchego da alma e esperar o sinal do anjo da memória O ermo acalanta a carne. É o choro. Partir é limpar o rosto com pétalas de presenças e recriar a palavra que não foi escrita.
Gurgel de Oliveira
Nenhum comentário:
Postar um comentário